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Andou uns metros. Maltrapilho, suas roupas se arrastavam no chão. Pouco se importava com isso, porém: andava e andava... e seguia andando feliz pelo caminho.

Então viu algo que o interessou. Um pote de sorvete que estava caído no chão. Sem pensar duas vezes, pegou o pote e continuou andando. E, sem pensar duas vezes, jogou o pote fora: não tinha nada que realmente o interessasse.

Andando estava, e andando continuaria. Ou não? Pensando bem, era melhor correr. Sim, por que não? Correr! E por que sim? Porque ninguém tinha dito a ele que não poderia!

Correndo, se perdeu da vista das pessoas. Pouco se importando com o que pensavam dele, com suas roupas se arrastando no chão. Poderiam pensar que estava sofrendo, mas quem não sofre? Ele, ao menos, tinha algo que quem o julgava infeliz não tinha: a liberdade. (15112913 – publicado em 09052014)

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